sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Valorização, é isso que queremos...

Pois bem, essa semana comemoramos o "Dia do Professor", mas será que de fato temos o que comemorar?
Tantos protestos e manifestações, demonstram no mínimo o descontentamento dessa classe profissional, tão importante e tão desvalorizada ao mesmo tempo. 
Muitos pensam que queremos e lutamos por melhores salários apenas, mas digo e sou convicta nessa ideia, de que uma remuneração melhor, sem dúvida é bem vinda e deve ser reivindicada mediante a grandeza de nossa profissão, mas não; não é SÓ isso que queremos, queremos mais, muito mais...
Queremos reconhecimento, valorização, recursos, apoio, queremos dar o melhor de nós, contudo, não depende apenas de nós... O bom professor quer que se invista nele, já que ele investe suas poucas economias para se atualizar, aprimorar seus conhecimentos,  aperfeiçoar sua prática, mas me pergunto e o respaldo, seja municipal, estadual, federal, onde o respaldo está? Cobram-se metas, objetivos, mas em contrapartida, pouco recebemos.
Por essa razão, digo, mais que um feriado, um momento de comemoração, mas que um "aumentinho", queremos qualificação, e assim qualidade na educação, ensino de verdade, que ultrapasse as barreiras dos âmbitos escolares, que faça a diferença na vida dos alunos, que a EDUCAÇÃO, de fato seja priorizada, e que nós professores, tenhamos novamente orgulho de exercer essa tão bela profissão e que batendo no peito, possamos dizer: FAÇO A DIFERENÇA, SOU PROFESSOR!

DIA DO PROFESSOR!!!

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, era preciso que"todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é profissão. Educador é missão". Com a participação dos professores Alfredo GomesAntônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".